A partir deste domingo (18) até o próximo dia
6 de abril está proibida a saída do peixe in natura, resfriado e salgado em
todo o Pará. A proibição foi divulgada a partir de publicação de um decreto
assinado pelo governador Simão Jatene nesta semana, no Diário Oficial do
Estado. A expectativa do governo é evitar o aumento no preço de comercialização
do peixe e garantir o abastecimento durante a Semana Santa.
Apesar disso, consumidores já reclamam da alta
dos preços, verificada inclusive por uma pesquisa do Dieese no Pará
(Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconomicos). A
justificativa dos peixeiros foi a entressafra das espécies mais consumidas pela
população, como, por exemplo, a dourada, a pescada, o filhote, o tucunaré e a
gó.
Em entrevista ao Portal ORM, Luiz Ribeiro Filho,
morador do bairro do Marco, reclama do preço do pescado comercializado na
capital. 'É um absurdo que nós paraenses tenhamos que pagar tão caro por
um produto que é retirado dos nossos rios e mares. Eu me sinto lesado com
isso', reclama o internauta.
Além de Luiz, outro consumidor comenta o preço elevado do pescado
paraense. 'Todo mês vou ao mercado comprar pelo menos três quilos de
peixes variados, mas agora, depois desses números, terei que economizar e levar
no máximo dois quilos. Uma refeição que é considerada uma das mais
saudáveis, infelizmente vai reduzir ou até mesmo deixar de entrar em nosso
cardápio, pois com estes preços, se torna inviável adquirir o produto. Perde o
comerciante que vai ter redução na venda, e perde principalmente o consumidor,
que deixará de ter uma alimentação saudável para ele e para sua família',
ressalta a dona de casa Kátia Gonçalves.
O presidente do Sindicato dos Peixeiros do Ver-o-Peso, Fernando Souza,
explicou que não é intenção de repassar o aumento para a população, mas não há
alternativa no momento. 'É ruim para nós e para a população. Esperamos que esse
preço que está se mantenha, porque todos perdem com o aumento'.
O decreto estadual prevê ainda uma força-tarefa para fiscalizar a
saída do peixe, por meio da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura
(Sepaq), com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará, a Secretaria de Estado
de Meio Ambiente, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Marinha
do Brasil.
Redação Portal ORM
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